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Busca Ativa em Novo Airão oferece ferramentas de acesso aos editais da Lei Aldir Blanc

Em dois dias de atividades, são esperados 130 participantes...

02/11/2024 14h51
Por: Redação
Fonte: Agência Amazonas
Foto: Reprodução/Agência Amazonas
Foto: Reprodução/Agência Amazonas

FOTO: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Neste sábado (02/11), seguem as ações da Busca Ativa da Política Nacional de Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB–Amazonas), no município de Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus), no sentido de facilitar o acesso dos artistas e trabalhadores de cultura aos editais da Lei Aldir Blanc. Com início na sexta-feira (1º/11), a ação faz parte do trabalho do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Conselho Estadual da Cultura e secretarias municipais, que estima alcançar mais de 20 municípios até 16 de novembro.

A Busca Ativa acontece, simultaneamente, em diferentes municípios do estado para assegurar que informações essenciais cheguem aos trabalhadores culturais. As atividades vão contemplar também os os municípios de Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Manaquiri, Autazes, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Urucurituba, Itapiranga, São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, Codajás, Coari, Tefé, Alvarães, Parintins, Barreirinha, Tabatinga, Fonte Boa e Benjamin Constant.

Empenhada neste propósito, a equipe de Novo Airão, coordenada pela conselheira de cultura do Amazonas, Jordania Damasceno, segue um cronograma de ações que envolve, cursos, oficinas de elaboração de projetos e palestras, além de oferecer todo aparato técnico, como o acesso à internet para inscrição no Cadastro Estadual da Cultura.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTOS: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

“Esta ação é importante para encontrar esses artistas, para sensibilizá-los a terem o seu Cadastro da Cultura e que consigam elaborar seus projetos. Se ele não tiver portfólio, colocamos à disposição nas oficinas e assim, fazemos toda a assessoria para que o artista saia daqui com o cadastro formalizado e o projeto pronto”, pontua a conselheira representante do segmento do teatro. Ela cita, ainda, como atribuição da Busca Ativa, a sensibilização do CPF da Cultura nos municípios, um mapeamento da classe, projetos e objetivos para o desenvolvimento do setor cultural daquela localidade.

O compositor Carlos Maciel, que também atua na confecção de fantasias, participou da Busca Ativa e aproveitou para fazer o Cadastro Estadual da Cultura, na modalidade pessoa física. “Eu não conhecia as formas burocráticas para chegar na Lei Aldir Blanc. Eu já tenho uma caminhada aqui no município, mas o cadastro vai abranger mais ainda a minha via artística”, explica o artista, com mais de 15 anos de atuação, um dos proponentes contemplados pela Lei Paulo Gustavo.

Para a conselheira estadual de cultura, cadeira afro-descendente, Lydia Lúcia, a Busca Ativa representa “destravar o conhecimento de política pública cultural para que todos possam entender o processo que estão inseridos; e que ainda temos mais quatro anos para fomentar a cultura em todo o estado do Amazonas”. A conselheira ministrou a palestra de abertura das oficinas, enfatizando a importância do entendimento do edital, apresentação do portfólio e o que diz a lei de fomento cultural.

Identificação da classe artística

Somada às orientações da Busca Ativa, está a identificação da classe artística, como explica a produtora cultural, Michelle Andrews à frente da banda de heteroidentificação: “A gente precisa identificar a comunidade LGBT, a comunidade negra e indígena, então a gente está aqui numa ação que ela é prática, e isso é muito importante quando a gente tem parceria com as secretarias municipais, com o Governo do Estado e com conselho ativo na rua, fazendo essa Busca Ativa”, afirma.

André Cavalcante, multiartista, produtor cultural, defende projetos embasados nas religiões de matriz africanas. “É muito importante a cultura nos dar esse espaço, esse leque de opções, porque isso nos fortalece, não só como cultura ou pessoas de religiões de matriz africana, mas como uma luta que já vem de muito tempo e não conseguimos ainda adentrar”, avalia Cavalcante.

Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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Foto: Reprodução/Agência Amazonas
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FOTOS: David Martins/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

A busca por orientação se deu também por Celina Andrade, representante da associação indígena Lago das Pedras, em Novo Airão, na qual o artesanato de biojoias é a fonte de renda. “Vim buscar conhecimento para compartilhar com as pessoas da associação, principalmente na elaboração de projetos. Quero também buscar oficializar a associação, formada por 18 famílias e 16 membros”, disse Celina.

Inscrições abertas

A Política Nacional de Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), gerida pelo Ministério da Cultura, representa uma oportunidade histórica para estruturar o financiamento de projetos culturais, com mais de 500 iniciativas contempladas em 16 editais, visando alcançar 40 mil trabalhadores da cultura no Amazonas.

Os editais abrangem áreas como Artes Visuais, Audiovisual, Música, Teatro e mais, com inscrições abertas até 17 de novembro. Os conselheiros do Conselho Estadual de Cultura (Conec) atuarão como interlocutores entre a sociedade civil e o governo, fortalecendo laços e promovendo a articulação de políticas culturais em cada município visitado.

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