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“É PRESSÃO!”

Secretária de Educação Edilene Santos registra preço para fornecimento 7 mil botijões de gás, enquanto alunos comem bolacha com ki-suco

Em vez de pratos quentes e balanceados, as crianças de Santa Rita têm se acostumado a receber lanches de baixo valor nutricional, como bolachas e suco em pó (Ki-Suco), itens que não exigem o uso de gás para o preparo.

12/11/2024 21h44
Por: Redação

Em meio a uma gestão marcada por críticas à qualidade da merenda escolar e à falta de investimentos em áreas essenciais para a educação, a Prefeitura de Santa Rita, sob a administração do prefeito Emerson Panta, registrou no último dia 8 de novembro de 2024 um contrato de R$ 630.000,00 para o fornecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado a atender a demanda da Secretaria Municipal de Educação.

O valor, equivalente a cerca de 7 mil botijões de gás de cozinha, tem gerado repercussão e indignação entre a população, principalmente quando comparado com as atuais condições da merenda escolar oferecida aos estudantes da rede pública municipal. Em vez de pratos quentes e balanceados, as crianças de Santa Rita têm se acostumado a receber lanches de baixo valor nutricional, como bolachas e suco em pó (Ki-Suco), itens que não exigem o uso de gás para o preparo.

Matéria relacionada: Nicola denuncia prefeito Emerson Panta por distribuir bolacha e ki suco para crianças da rede municipal de ensino; vídeo do lanche dos alunos

"É um absurdo!" – Este tem sido o clamor dos moradores, que questionam a disparidade entre os recursos públicos destinados ao fornecimento de um insumo que, teoricamente, serviria para preparar refeições nas escolas, enquanto o valor de R$ 630 mil poderia ser investido de maneira mais eficaz na melhoria da qualidade da merenda escolar.

O Gás e a Merenda Escolar: Uma Contradição

O objetivo da contratação registrada pela prefeitura é garantir o fornecimento de GLP para atender à Secretaria de Educação. No entanto, a grande dúvida que paira sobre o contrato é a utilização efetiva desse gás. Com a atual realidade das escolas municipais, que servem merendas compostas por itens como biscoitos e sucos artificiais, o consumo de gás na cozinha escolar é questionado.

"Esse valor daria para comprar milhares de botijões de gás, mas o que estamos vendo nas escolas é que, em muitas delas, a merenda não precisa sequer do uso do gás para ser preparada", comenta um professor da rede municipal que preferiu não se identificar.

Ao longo dos últimos meses, a qualidade da alimentação escolar em Santa Rita tem sido alvo de críticas. Pais e professores apontam que, apesar da grande quantidade de recursos públicos destinados à área da educação, a merenda escolar tem se restringido a itens de baixo custo, o que compromete a nutrição dos estudantes.

O Que a População Está Falando?

A população de Santa Rita se mostra preocupada com a destinação dos recursos públicos e questiona se o valor de R$ 630 mil realmente será necessário para o fornecimento de GLP, quando o foco deveria estar em melhorar a qualidade da merenda. "Será que não há prioridades mais urgentes? A educação está sendo tratada de maneira descuidada, e o que vemos é o gasto com itens que não ajudam a transformar a realidade dos nossos filhos", afirma a dona de casa Maria do Socorro, mãe de dois alunos da rede municipal.

A Gestão de Emerson Panta Sob Crítica

O prefeito Emerson Panta tem enfrentado críticas por sua gestão à frente da Prefeitura de Santa Rita, especialmente no que se refere à educação e ao atendimento das necessidades da população mais carente. A falta de investimentos significativos nas áreas mais sensíveis, como saúde e educação, tem gerado insatisfação entre os moradores.

Com o registro do valor de R$ 630 mil para o fornecimento de GLP, muitos se perguntam se a Prefeitura está realmente fazendo as escolhas certas com o dinheiro público, e se a melhoria na qualidade da merenda escolar será, de fato, uma prioridade para a gestão.

"Enquanto o prefeito gasta milhões com gás, as crianças continuam sem alimentação de qualidade nas escolas. Onde está a prioridade?" – questiona a professora Ana Clara, que atua em uma das unidades de ensino do município.

Conclusão

O contrato de R$ 630 mil para fornecimento de gás na Prefeitura de Santa Rita levanta questões sobre a gestão eficiente dos recursos públicos e as reais necessidades da rede de ensino local. Enquanto a cidade sofre com problemas em áreas essenciais, a falta de transparência sobre como o dinheiro está sendo gasto continua a ser uma preocupação central para os moradores e profissionais da educação. Em um cenário onde as prioridades são muitas, os cidadãos de Santa Rita aguardam respostas e esperam que o valor investido em gás possa, de fato, resultar em melhorias reais para a educação e para a vida das crianças nas escolas públicas do município.

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